Mercado de Energia: primeiro encontro de startups do segmento revelou o presente – e o futuro – do setor energético

No último dia 06, quinta-feira, o auditório principal do Cubo Itaú (desenvolvido com o propósito de conectar startups) foi a casa do Energy Tech Summit 2022, primeiro encontro de startups de energia. O evento realizado pela Lead Energy, startup de diagnóstico e soluções energéticas, e pela Clarke Energia, primeiro marketplace de Mercado Livre de Energia do país, contou com palestras, painéis, debates, e por fim, sorteios e happy hour com o intuito de estreitar a relação entre palestrantes e convidados. 

O início da programação se deu com a palestra de Alexandre Viana, membro do Cigrè Brasil e da International Association of Energy Economics, sobre o mercado nacional e mundial de energia que, segundo o mesmo, se tornará a área com maior percentual de crescimento nos próximos 20 anos. Sobre o Brasil, o palestrante garante: “A expectativa de mercado nessa transição é promissora, mas demanda cuidado com alguns fatores. É preciso ter monitoramento de mercado e atenção à sustentabilidade nas empresas.”

Seguindo o itinerário, Raphael Ruffato, CEO da Lead Energy, realizou uma apresentação baseada no paralelo entre problema e solução. De acordo com ele, o problema seria a falta de informação do consumidor, sobre os gastos desnecessários nas contas de energia. Além disso, algumas empresas também são responsáveis pela problemática, tanto em esquecer das reais dores dos clientes, quanto em entender que o consumidor é cliente e não, um mero pagador de contas. Para a solução, Raphael afirma que o foco deve ser em “fazer o arroz e feijão”: 

“Creio que essa é uma oportunidade para reduzir custos e trazer soluções sustentáveis. Na Lead, transformamos o que era difícil de compreender em um sistema que lê a conta de forma simplificada e em 3 segundos, simula o quanto poderia ser economizado naquele caso, em particular”. 

Após o discurso potente de Raphael sobre o tratamento do consumidor e a solução de suas dores, foi a vez do mesmo, mediar o debate entre CEO’s. A conversa contou com a presença de Pedro Rio, CEO da Clarke EnergiaFábio Carrara, CEO da SolFácil, David Noronha, CEO da Energy Source e Luciano, co-fundador da Lemon Energy. Após uma discussão sobre as soluções do presente e uma perspectiva do futuro, o grupo chegou em um objetivo comum para o consumidor.“Queremos liberdade de escolha, consequente do acesso a informação”

Ultrapassando a segunda parte do evento, Giancarlo Tomazim, diretor-geral da GTO, palestrou sobre a verdadeira forma de usar ESG. O assessor e estrategista empresarial, afirmou a importância de se aprofundar nas práticas das siglas e contou as melhores formas de fazer isso:

 “Sustentabilidade deve ser levada como um driver de sucesso e os membros de uma equipe empresarial, como cientistas sociais. Afinal, vocês (empresas e empresários presentes no evento), são os verdadeiros protagonistas na transformação das relações sociais”

Entre a palestra e o debate de investidores, Pedro Rio contextualizou um pouco do panorama atual de investimentos, considerando um histórico dos anos anteriores.

“Enquanto, até o presente momento de 2022, o investimento em startups teve uma queda de 60% em relação a 2021, o investimento específico em energytechs cresceu mais de 230% mesmo que, naturalmente, os valores sejam proporcionalmente menores”. 

Chegando ao fim da programação, houve o debate entre especialistas de investimento, sobre os desafios e possibilidades da área. Os participantes foram Raphael Campos, Venture Capital da VOX CapitalVitor Mascarenhas, Head da EDP Brasil e Carolina Hibner, Investment Analyst na Valor Capital. O debate, mediado por Pedro, CEO da Clarke, esclareceu o que os investidores levam em consideração ao “tirar o dinheiro do bolso” e como o Brasil é uma nação suficiente na progressão de startups. Segundo Vitor, a experiência de investir em países da Europa trouxe um pré-julgamento que foi dispensado no Brasil:

Investindo na Europa é preciso ter uma visão global dos negócios. Eu pensava isso do Brasil. Pensei que ao abrir uma startup, fosse preciso sair imediatamente, explorar outros países, como os Estados Unidos. Mas, eu estava errado. É possível que empresas evoluam aqui, sem precisarem sair do país.

O fim do debate e da programação, ganhou um discurso importante de Pedro: “O Brasil tem sim, vocação para o mercado de energia e a transformação está só começando”. 

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Leandro Lima

Graduado em tecnologia e design gráfico, sou apaixonado pela fotografia e inovações tecnológicas. Atualmente escrevo para o Tecflow.

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