Divisão de Crimes Cibernéticos fará sua primeira apresentação no CISO Forum Brazil 2022

A onda de crimes cibernéticos vem crescendo nos últimos anos. O Brasil é o terceiro país com mais dispositivos infectados por ameaças, de acordo com pesquisa divulgada pela empresa de cibersegurança Norton. Mais da metade das vítimas, cerca de 58%, tiveram prejuízo financeiro e a estimativa é que 32 bilhões de reais tenham sido perdidos em 2021 por conta de crimes cibernéticos.

Para enfrentar essa ameaça, no ano passado foi inaugurada a Divisão de Crimes Cibernéticos (DCCIBER) como parte do Departamento Estadual de Investigações Criminais de São Paulo (DEIC-SP), setor responsável por realizar as investigações que envolvam organizações criminosas e a prática de crimes de alta complexidade em termos de redes de computadores.

“Durante esse tempo de atuação, nós já promovemos mais de 1.600 investigações criminais. Atualmente, estamos desenvolvendo uma nova metodologia de investigação especialmente para vítimas que são grandes prestadoras de serviço, como instituições financeiras, tendo em vista que a lesão pode alcançar um grande número de pessoas”, relata o delegado da divisão, Carlos Afonso Gonçalves.

Os especialistas da DCCIBER estarão no CISO Forum Brazil 2022, evento que reúne grandes líderes de cibersegurança e tomadores de decisões de todo o país para falar sobre políticas de segurança, tecnologia, padrões, certificação, cases de sucesso e programas para acelerar a adoção cuidadosa das melhores práticas de segurança cibernética em nível regional e até global.

“Vamos convidar os CISOs a conhecer nossa forma de atuação e metodologia e estamos focados na troca de informações de inteligência. Para o poder público, essa atividade já ocorre em nível de defesa do Estado e institucional. Agora, a iniciativa privada está passando a conhecer sobre o nosso trabalho. Queremos que todos entendam que estamos abertos a atender quem precisa de investigação criminal nessa área”, destaca o delegado.

O delegado também afirma que a DCCIBER tem uma atividade grande, realizando cerca de 15 operações por mês. Segundo ele, essa volumetria pode ser considerada extensa para uma unidade policial especializada. Entre as instituições que já procuraram o auxílio da divisão, destacam-se grandes empresas como a Meta e Twitter, além de todas as organizações bancárias e operadoras de cartão de crédito.

Atualmente, a DCCIBER possui quatro delegacias de polícia com propósitos distintos: apurar fraude contra instituições financeiras, operações fraudulentas no e-commerce, crimes cometidos em dispositivos eletrônicos e investigação de lavagem de dinheiro. Além disso, a divisão também atua em um laboratório de análise de dispositivos móveis obtidos em apreensões.

O networking gerado é um dos pontos importantes do evento. Carlos destaca que todos os setores, atualmente, trabalham com dados e informações que precisam ser protegidas dentro do ambiente online. O evento acontece nos dias 18, 19 e 20 de outubro. Inscreva-se pelo site.

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Leandro Lima

Graduado em tecnologia e design gráfico, sou apaixonado pela fotografia e inovações tecnológicas. Atualmente escrevo para o Tecflow.

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