AGU pede pressa ao STF para julgar responsabilidade das plataformas digitais

A Advocacia-Geral da União quer pressa do Supremo Tribunal Federal no julgamento dos recursos extraordinários que envolvem a responsabilidade das plataformas digitais sobre conteúdo postado pelos usuários.

“Revela-se premente a conclusão do julgamento, por essa Suprema Corte, do mérito do presente recurso extraordinário, a fim de que se promova um ambiente digital seguro e caracterizado pelo respeito aos direitos fundamentais e aos valores democráticos”, defende a AGU em petição encaminhada ao STF nesta sexta, 7/2.

A AGU também pede que sejam incluídos nos processos os subsídios colhidos durante a audiência pública realizada em 22 de janeiro, na qual especialistas e entidades da sociedade civil manifestaram preocupação com as mudanças nas políticas de moderação de conteúdo anunciadas pela Meta, controladora do Facebook, Instagram, WhatsApp e Threads.

Para a AGU, as mudanças podem impactar negativamente os direitos fundamentais, especialmente no combate a discursos de ódio. E argumenta que a nova política de moderação de conteúdo da Meta, anunciadas em 7 de janeiro, violam garantias constitucionais e legais e contrariam diretrizes internacionais de proteção aos direitos humanos.

A AGU destaca que a Meta afrouxou as regras de seus Termos de Uso, permitindo a circulação de discursos de ódio contra grupos vulneráveis, como LGBTQIA+, imigrantes, mulheres e minorias religiosas. Entre as mudanças, a empresa passou a permitir a associação de orientação sexual e identidade de gênero a transtornos mentais, além de autorizar a desumanização de mulheres e a defesa de limitações profissionais baseadas em gênero. Também foram suprimidas restrições que proibiam a intolerância explícita com base em características como raça, religião e orientação sexual.

O julgamento, que trata da constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da Internet (Lei 12.965/14), começou em novembro de 2024 e foi suspenso após pedido de vista do ministro André Mendonça. Três ministros já votaram.

Relator de um dos REs, José Dias Toffoli defendeu a responsabilidade objetiva das plataformas por danos decorrentes de conteúdos ilícitos, como racismo e violência contra grupos vulneráveis, e estabeleceu deveres de transparência e prevenção para as empresas. Relator do segundo recursos sobre o mesmo tema, Luiz Fux reconheceu o dever de monitoramento ativo e remoção imediata de conteúdos criminosos, como discursos de ódio e apologia à violência. Já o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, defendeu que as plataformas devem ser responsabilizadas caso não adotem medidas para remover postagens.

Faça como os mais de 10.000 leitores do tecflow, clique no sino azul e tenha nossas notícias em primeira mão! Confira as melhores ofertas de celulares na loja parceira do tecflow.

Redação tecflow

Tecflow é um website focado em notícias sobre tecnologia com resenhas, artigos, tutoriais, podcasts, vídeos sobre tech, eletrônicos de consumo e mercado B2B.

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Mais acessados

Dicas e Tutoriais

SmartPhones & Tablets

Mercado & Tecnologia

Consoles e Games

Ciência & Espaço

Eventos

Quem Somos

Tecflow é um website focado em notícias sobre tecnologia com resenhas, artigos, tutoriais, podcasts, vídeos sobre tech, eletrônicos de consumo e mercado B2B.

Siga Tecflow em:

Parceiro Autthentic

error: Content is protected !!